terça-feira, 10 de julho de 2012

Ah, os brinquedos! parte indissociável da infância.




MANIFESTO
pelo fim da publicidade e da comunicação mercadológica
dirigida ao público infantil

Em defesa dos direitos da infância, da Justiça e da construção de um futuro mais solidário e sustentável para a sociedade brasileira, pessoas, organizações e entidades reafirmam a importância da proteção da criança frente aos apelos mercadológicos e pedem o fim das mensagens publicitárias dirigidas ao público infantil.


A criança é hipervulnerável. Ainda está em processo de desenvolvimento bio-físico e psíquico. Por isso, não possui a totalidade das habilidades necessárias para o desempenho de uma adequada interpretação crítica dos inúmeros apelos mercadológicos que lhe são especialmente dirigidos.

Consideramos que a publicidade de produtos e serviços dirigidos à criança deveria ser voltada aos seus pais ou responsáveis, estes sim, com condições muito mais favoráveis de análise e discernimento. Acreditamos que a utilização da criança como meio para a venda de qualquer produto ou serviço constitui prática antiética e abusiva, principalmente quando se sabe que 27 milhões de crianças brasileiras vivem em condição de miséria e dificilmente têm atendidos os desejos despertados pelo marketing.

A publicidade voltada à criança contribui para a disseminação de valores materialistas e para o aumento de problemas sociais como a obesidade infantil, erotização precoce, estresse familiar, violência pela apropriação indevida de produtos caros e alcoolismo precoce.

Acreditamos que o fim da publicidade dirigida ao público infantil será um marco importante na história de um país que quer honrar suas crianças.

Por tudo isso, pedimos, respeitosamente, àqueles que representam os Poderes da Nação que se comprometam com a infância brasileira e efetivamente promovam o fim da publicidade e da comunicação mercadológica voltada ao público menor de 12 anos de idade.
http://www.publicidadeinfantilnao.org.br/

Minha opinião:
Como professora de crianças na faixa etária de 4 a 6 anos, tenho presenciado desde a manifestações de choro e birra até a mal estar, com sintomas de febre, por exemplo, em crianças que não realizam o desejo de possuir algum brinquedo ou objeto alvo de desejo. Todos esses problemas ocorrem porque são instigadas pela publicidade que é dirigida a elas, de tal forma, que o desejo de possuir o brinquedo ocupe seus pensamentos, a ponto de levar os pais a realizar a vontade das crianças ou então frustrá-las com um não.
Digo NÃO:
  • À propaganda direcionada à criança;
  • À venda de quaisquer objetos no interior das escolas, que por serem atraentes ao público infantil e alvo de desejo das crianças, instiguem-os ao consumismo desnecessário.
Eu, Dolores 
  Lembro-me que, quando eu era criança, os brinquedos às vezes, nasciam de nossa imaginação e eram confeccionados em sucata  ou  madeira. Hoje em dia, o consumismo aumentou e os brinquedos já não trazem tanto prazer, muito menos originalidade. Já tive o encanto de brincar com bonecas de pano costuradas pela minha mãe e de um jogo de mesa e cadeirinhas feitas com latas de óleo, pelo meu tio. As crianças de hoje, se sonham com brinquedos, nem percebem o jogo de interesses que está por trás e elas tornam-se um joguete, um foco de lucro das grandes empresas.

 Vamos incentivar as nossas crianças a produzirem os seus próprios brinquedos?

cavalinho de garrafa pet
vai e vem








Professora Dolores.

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